Ensemble D. João V

Ciclo Carmina Antiqva 2019


Ensemble D. João V

  • Sandra Medeiros, soprano; Tera Shimizu, violino I; Miguel Simões, violino II; Duncan Fox, violone y
    Cândida Matos, cravo

O Ensemble D. João V foi formado como resultado do trabalho em grupo realizado pelos seus membros durante o Curso Internacional de Música Antiga, no Convento de Cristo em Tomar, em 2007, organizado pela Academia de Música Antiga de Lisboa. O Ensemble é constituído por um grupo de músicos com larga experiência que se dedica a interpretar e a divulgar a música do Período Barroco utilizando instrumentos de época. Com a particular preocupação em divulgar a música barroca portuguesa inclui também no seu repertório compositores tais como João Avondano, Carlos Seixas, António Teixeira entre outros.

Visando um aperfeiçoamento técnico e artístico especializado, o Ensemble D. João V frequentou masterclasses sob a orientação de prestigiadas individualidades musicais tais como Jill Feldmann, Richard Gwilt, Enrico Onofri, entre outros.

Desde a sua criação actuou no Convento de Cristo em Tomar (integrado nos cursos de Música Antiga), nos festivais de música de Albufeira, de Portimão, do Estoril, Alcobaça (Cistermusica), no Festival Ibérico de Musica de Badajoz, no ciclo Música nos Claustros (Eborae Musica-Évora), na temporada de concertos do Salão Nobre do Conservatório Nacional de Lisboa e no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa). A composição do Ensemble é flexível, dependendo do repertório que interpreta.

Sandra Medeiros

    Natural da ilha de São Miguel (Açores) estudou canto com Imaculada Pacheco no Conservatório Regional de Ponta Delgada. É licenciada em Canto pela ESML onde foi aluna da professora Joana Silva. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e CNC prosseguiu estudos de pós-graduação em canto na Royal Academy of Music em Londres, onde foi distinguida com o prémio Amanda von Lob memorial Prize.
    Foi premiada em concursos nacionais e internacionais de canto dos quais se destaca o 2º Prémio no V Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão no Brasil.
    A sua actividade como solista distribui-se pela música antiga, oratório, lied, canção do séc.XX/XXI e ópera, tendo actuado sob a direcção dos maestros Michael Corboz, Marc Minkowski, Philippe Herreweghe, Laurence Cummings, Enrico Onofri, João Paulo Santos, Marcos Magalhães, entre muitos outros. Também actuou com as mais destacadas orquestras portuguesas, com os conceituados grupos portugueses, Os Músicos do Tejo e Divino Sospiro, com as orquestras Barroca da RAM, Camerata Lysy de Gstaad, Sinfonia Varsóvia, Concerto Köln e com o grupo L’Avventura London. É membro fundador do Ensemble D. João V e do Ensemble Affetti d’Amore.
    Gravou para as rádios Portuguesa, Búlgara e Inglesa, para as televisões Portuguesa, Espanhola e Brasileira e para as editoras Naxos e Hyperion.
    É convidada regular das temporadas dos principais teatros, salas de concerto e festivais de música portugueses. Tem-se apresentado, também, em importantes salas, teatros e festivais do Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Luxemburgo, Macau, Bulgária, Brasil e Uruguai.

Tera Shimizu

    Violinista norte-americana, nasceu em Berlim, na Alemanha. Iniciou a sua formação com Josef Kovac, em Princeton, Nova Jersey. Prosseguiu os seus estudos na Juilliard School com Dorothy DeLay, tendo concluído o Bacharelato em Música em 1993. Posteriormente estudou violino barroco, viola e interpretação histórica, com Richard Gwilt, no Trinity College of Music, em Londres, tendo concluído uma pós-graduação e recebido o Prémio de Música Antiga. Participou em vários workshops da Academia de Musica Antiga de Lisboa e nas masterclasses de Anner Bylsma, Jurgen Kussmaul, Simon Standage, Reinhard Goebbel, Jordi Savall, Wilfried Strehle, Thomas Riebel, Donald Weilerstein e de membros dos quartetos Juilliard, Tóquio e Emerson. Participou também nos festivais de Waterloo, Pacific Music e Dartingto, entre muitos outros. No domínio da música de câmara, colabora com o Ensemble D. Joao V, Os Músicos do Tejo, Ensemble Avondano, Contraverso, Flores de Música, Americantiga, Divino Sospiro, Udite Amante, Concerto Campestre e Ludovice Ensemble.
    É diretora artística e membro fundador do Ensemble Alorna que é constituído por membros da Orquestra Gulbenkian e especializado nos repertórios barroco e clássico, interpretados num estilo historicamente informado, dando especial atenção à prática autêntica de cada época. Tera Shimizu é membro da Orquestra Gulbenkian desde 1996.

Miguel Simões

    Foi admitido com 15 anos no Young Music Department, da Faculdade de Utrecht, na Holanda, na classe da Professora Joyce Tan, trabalhando em simultâneo com o violinista Ilya Grubert.
    Com 16 anos, em 2002, ganhou o 1.º Prémio em violino no Concurso Jovens Músicos-RDP. Recebeu o prémio de mérito pelos seus resultados e projeção internacional pela Escola Secundária Alberto Sampaio. Realizou no Conservatório Superior de Música de Amesterdão a Licenciatura e Master of Music in performance tendo sido aluno do Professor Ilya Grubert.
    Fez a estreia mundial em Roma de três obras dedicadas do compositor Joaquim Santos: Arioso para violino solo, Capriccio para violino e piano, Trio Concertante para violino, clarinete e piano.
    Apresenta-se regularmente em Portugal, Espanha, Itália, França, Áustria e Holanda em Recitais a solo e de Música de Câmara.
    É músico convidado na Orquestra Gulbenkian desde 2015. É Fundador e Diretor Artístico do Com. Cordas Ensemble, que conta já com inúmeros concertos realizados no país.
    Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos de 2002 a 2008. É doutorando em Artes Musicais na Universidade Nova de Lisboa.
    Apresenta-se em concerto num violino Pierre Hell que pertenceu ao compositor romeno George Enescu, atribuído por uma Fundação Belga.

Duncan Fox

    Iniciou os seus estudos musicais com o piano aos oito anos. Mais tarde estudou contrabaixo na Royal Academy of Music Junior School. Entre 1987 e 1991 frequentou o Royal Northern College of Music em Manchester onde estudou contrabaixo com Duncan Mc. Tier, piano com David Lloyd e viola da gamba com Richard Boothby.
    Em 1992 ingressou na Orquestra Sinfónica Portuguesa onde detém actualmente o lugar de coordenador de naipe adjunto.
    O seu interessa na interpretação de música antiga com instrumentos de época tem sido desenvolvida com o estudo de instrumentos de corda e de tecla mas o seu foca de atenção é o violone, instrumento com características do seu antepassado viola da gamba e do seu sucessor, o contrabaixo. Com este instrumento colabora com diversos orquestras e agrupamentos da camara como Concerto Atlântico, Capela Real, Concerto Campestre e Divino Sospiro.

Cândida Matos

    Iniciou os seus estudos musicais com o piano, tendo tido como professores Mário de Sousa Santos, Joel Canhão, Campos Coelho,Tereza Vieira e Olga Pratts.
    Posteriormente dedicou-se ao cravo, tendo estudado com Cremilde Rosado Fernandes, Ton Koopman e Ketil Haugsand.
    Realizou masterclasses com Robert Wooley, Jacques Ogg, Hans Knut e Kenneth Weiss.
    Foi durante muitos anos cravista assistente dos Cursos Internacionais da Academia de Música Antiga de Lisboa.
    Integra os agrupamentos Contraverso e Ensemble D. João V, e colabora frequentemente com a Orquestra Gulbenkian.
    Realizou o Mestrado em Cravo na Escola Superior de Música de Lisboa, projecto artístico sobre as Peças de Carácter de Carl Philipp Emanuel Bach.
    Criou as Classes de Cravo nos Conservatórios de Música de Aveiro e de Coimbra. Desde 2000 é Professora de Cravo na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.